domingo, 19 de agosto de 2001

Thomas Edison

Thomas Alva Edson foi um físico americano, inventor de inúmeros aparelhos elétricos, entre outros, o fonógrafo, precursor dos atuais CDs e a lâmpada de incandescência (1847 - 1931). Conta-se que em certo dia, exausto, depois de muito trabalhar em busca da sonhada lâmpada, seu assistente observou: desista Thomas, nós já fizemos mais de setecentas experiências que não deram certo, tudo em vão, portanto desista. Como? Desistir? Agora que estamos setecentos passos na frente? Agora que já conhecemos setecentos caminhos errados? Agora não! Jamais... Continuou e pouco tempo depois, acabou descobrindo a lâmpada elétrica tão desejada e que a todos nós ilumina. Este pequeno relato traz, contudo, muitas luzes para clarear os difíceis momentos que havemos de passar, iluminando os sinuosos e acidentados caminhos de nossa vida.
Entendemos primeiramente, que as grandes realizações não são fáceis e somente os persistentes alcançarão êxito. No mundo em que vivemos, os erros e os fracassos são constantes e inevitáveis; o importante porem, é saber interpretar as falhas e construir os acertos, como Thomas Edson que conseguiu inventar a lâmpada elétrica somente depois de ter errado mais de setecentas vezes. O erro é um sinal de alerta e não um tributo ao individuo, é um acidente e não propriamente um mal, e que não deve ser censurado, mas compreendido pois quando vencido, é o degrau para o sucesso.
Entretanto, o homem de hoje não vê desta maneira, e em sua avaliação, considera o erro como resultado negativo e somente este é contabilizado, mostrando equivocadamente, que neste processo, o vício é mais forte que a virtude, e quanta injustiça se comete. Devemos mudar o nosso procedimento e aprender avaliar as pessoas considerando os acertos e não as suas falhas. Este procedimento positivo constitui um estímulo ao crescimento de todos. Afirmo que se Thomas Edson fosse tão intransigente com o erro, hoje estaríamos às escuras. Assim esperamos e desejamos que um dia assim seja.

quarta-feira, 15 de agosto de 2001

A negligência e o excesso de zelo

Tudo indica que a autodefesa constitui a principal forma para atender ao instinto de conservação dos seres. Os vegetais buscam a luz inclinando-se em sua direção ou aumentando seu caule, como as árvores, tornando-se mais altas como se vê nas matas; outras se satisfazem com lugares menos iluminados. Nos animais, as formas de autodefesa são mais variadas, assim o leão e o tigre que são os mais fortes, confiam em suas presas e garras, portanto são tranqüilos. A corsa se defende pela velocidade, a raposa pela astúcia, e muitos insetos pelo mimetismo, assim a frágil borboleta adquire as tonalidades do ambiente, outras abrindo as asas coloridas, se apresentam como se fossem verdadeiros e horríveis predadores, livrando de ser devoradas. E o homem?
Este se defende das mais variadas formas. Devido sua inteligência, emprega armas, armadilhas, e outros recursos e dependendo do agressor, recorre aos meios de comunicação valendo-se da mentira, oferecendo vantagens, como no caso de políticos, que usam a demagogia, cujo princípio é a ambição, e não sabemos bem, se do eleitor ou do candidato, provavelmente de ambos. Uma coisa é certa: fora o homem menos ambicioso e seria menos enganado.
Dentre os maiores agressores do homem, está ele próprio e defender de si mesmo, é a tarefa mais difícil, uma vez que não pode contar com armas, surpresa, mentira, promessa, demagogia e muitos outros recursos que são de grande eficácia contra os demais, mas não contra si mesmo. Isto porque ele é agressor e vítima. È o ego contra a consciência.
Ignorar a agressão o deixa vítima; combate-la o incomoda, então concilia. O acordo se faz tomando uma medida aparentemente severa e supostamente eficaz, apenas para anestesiar a consciência que é a verdadeira vítima, mas sem punir o ego agressor. Esta prática tão sutil é freqüentemente empregada por muitas autoridades, que negligenciando suas obrigações, logo propõem uma medida excessiva, severa fugaz, mas impraticável, conhecida por excesso de zelo, suficiente apenas para anestesia-lo, somente para inglês ver, mas não para resolver. E a vida continua...